Evolução Pessoal: 3 lições de A Bela e a Fera

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Como participo como colaboradora do site Novo Nerd, tive a incrível oportunidade de assistir à cabine de imprensa do live action de A Bela e a Fera. Mal sabia eu que o filme traria tantos exemplos de lições de evolução pessoal! Aproveitei para dividir com vocês minhas impressões e reflexões sobre essas lições.

Evolução Pessoal: aplicando lições de A Bela e a Fera

Confesso que mal lembrava da história (não assisto ao filme há 15 anos), então, foi como assistir pela primeira vez. Agora, com um olhar mais amadurecido e voltado para o crescimento e a evolução pessoal, vi A Bela e a Fera com outros olhos – e enxerguei 3 belas lições de evolução pessoal que o filme pode ensinar a você. Descubra:

Ame-se para empoderar-se; empodere-se para amar alguém

Logo nas primeiras cenas, conhecemos Bela como uma mocinha inteligente e dedicada, que adora ler e aprender sobre o mundão lá fora, ao qual não tem acesso. Apesar de todas as investidas do “galã” do filme, Bela simplesmente não deseja um relacionamento, não deseja ser conhecida como “esposa” de ninguém, nem deseja estar refém da casa, cuidando dos filhos. Tem algo errado em desejar essas coisas? Nada. Mas a lição aqui é a importância de saber quem você é e respeitar quem você é. Bela sabe quem ela é e o que deseja conquistar na vida. Por isso, fica mais fácil respeitar esses objetivos e permanecer verdadeira a quem ela é. Olhar para dentro de si é fundamental para se conhecer. O que você deseja da vida? O que você deseja ser? O que faz você feliz e faz seus dias mais especiais? Conhecer-se é um passo importante para amar-se. E, ao se amar, você consegue aproveitar sua própria companhia, não ficando dependente de relacionamentos, pessoas ou até empregos para se sentir completo. E é quando somos verdadeiramente completos e autossuficientes que estamos prontos para uma relação saudável, porque a relação saudável não é a que completa, mas sim a que complementa.

Vale frisar, também, que Bela não utiliza maquiagem pesada ou roupas justas para se sentir bonita. Novamente, nada de errado em gostar de um look mais maquiado ou justinho, mas é importante que os filmes retratem que não existe “norma” ou “padrão” de beleza: você deve se cuidar e se vestir da forma que você quiser para se sentir bem. Autoconhecimento e autenticidade são fundamentais para sua evolução pessoal. Isso também empodera você como pessoa e prepara você para um relacionamento saudável, em que seu gosto e suas preferências sejam respeitadas. Afinal, querer ditar as roupas que você deve (ou não) usar é um comportamento controlador por parte de um possível parceiro, o que pode levar a um relacionamento abusivo. E você certamente não quer estar em um relacionamento abusivo. Portanto, descubra o que faz você se sentir bem – e respeite isso, sempre.

Não basta um rostinho bonito

No filme, vemos a influência do “destino” na intenção de ensinar que não basta um rostinho bonito para ser feliz e se sentir amado. Em primeiro lugar, vemos um belo Príncipe, belo só por fora, egocêntrico, sem empatia e sem solidariedade pelo próximo, negando ajuda a uma senhorinha que pede abrigo por conta de uma tempestade. Ele, feio por dentro que só, nega auxílio à senhorinha, que se revela uma linda bruxa. Ela o condena à aparência de Fera, até que conquistasse a capacidade de amar outra pessoa além de si mesmo. (Quantas pessoas você conhece que também precisariam aprender essa lição?)

Entender a complexidade das relações e da natureza do amor é fundamental para sua evolução pessoal. Sentir empatia e solidariedade pelo próximo ajuda você a ter relacionamentos mais saudáveis e equilibrados, com respeito mútuo, inclusive um relacionamento mais saudável consigo mesmo. Portanto, não adianta cuidar da aparência, manter o corpo em forma, ser vaidoso e belo por fora, enquanto se descuida de sua beleza interior. Afinal, a evolução pessoal deve ser olhada por todos os aspectos: o psicoemocional, o físico e o espiritual também.

Outro personagem da história merecia um tratamento de choque nesses moldes: Gastão é outro personagem narcisista, sem empatia e completamente falso, sustentando uma imagem que completamente diverge de quem ele é como pessoa. Meu alerta: Gastão não se ama. Se Gastão se amasse por quem é, não sentiria a necessidade de manipular seu comportamento. Simplesmente se aceitaria por quem é, por dentro e por fora. E, como todo vilão de filme da Disney (e como deveria mesmo ser), Gastão simplesmente não consegue o que quer. Ele quer Bela a todo custo e faz coisas extremamente perversas na tentativa de conquistá-la… O que me leva à próxima lição.

A empatia ajuda na relação com os outros e consigo mesmo

Para se libertar da maldição, a Fera precisa aprender a amar outra pessoa além de si mesma. Mas, na verdade, a Fera não se ama. Antes da maldição, era egocêntrico e esnobe, não por “se achar”, mas por ter sido educado por um pai repressor para reproduzir o comportamento negativo e soberbo do pai. Após a maldição, entra em rejeição de quem se tornou por fora – mesmo que isso seja temporário e não o defina como pessoa. Em vez de olhar para dentro e fazer os questionamentos que precisaria fazer para superar o desafio do feitiço, entrou em rejeição, assumindo a crença limitante de que “ninguém nunca vai me amar assim”. Quais crenças limitantes você tem sobre você? A quais aspectos de si mesmo(a) você se sente preso(a), por achar que não consegue mudar?

Ao entrar em contato com a Bela, uma menina delicada e cheia de empatia, ele é colocado de frente com um espelho de opostos: ele enxerga em Bela o oposto do que ele é e, com isso, é inspirado a questionar sua própria visão de mundo, seus comportamentos e a forma como trata as pessoas à sua volta. Com isso, vai amansando suas interações com Bela, até que a relação de vilão e mocinha evolui para uma amizade assistencial. Ao desenvolver sua própria empatia, a Fera teve uma porta para seu autoconhecimento e sua evolução pessoal, podendo, por consequência, harmonizar todas as suas relações, além, é claro, da relação mais importante: a relação consigo mesmo. Agora, aplique em você mesmo os questionamentos que Fera evitou durante tanto tempo. O olhar crítico (mas gentil, não carrasco!) para dentro de si é uma habilidade fundamental para sua evolução pessoal. Você tem empatia pelas pessoas? Consegue se colocar no lugar do próximo? Consegue se enxergar com olhos neutros e empáticos, para identificar áreas de melhoria em si mesmo, sem que virem críticas rígidas ou complacências?

Claro que todas essas observações são minhas opiniões pessoais e insights que eu tive a partir da minha experiência evolutiva em comparação com o filme. Para você tirar suas próprias conclusões e aplicar momentos de lazer à sua evolução pessoal, vale assistir ao live action de A Bela e a Fera, para identificar novas lições e novas formas de olhar para dentro e melhorar como pessoa, para melhorar seu caminho de vida e suas relações. E me conta nos comentários deste artigo o que achou do filme – e como você pretende aplicar essas lições no seu crescimento e evolução pessoal! 😉

Gratidão ao Novo Nerd pela oportunidade de participar do evento.

E Luz e Paz a você que está lendo este artigo. <3